Não percebemos que a pessoa, a quem entregamos o nosso coração, a quem contamos os nossos mais profundos segredos de alma, mudou.
Damos o nosso máximo Entregamos a nossa mais pura essência. Flutuamos, em vez de andar e ficamos bobinhos, sorrindo e cantarolando o tempo todo.
Então, num belo dia, nosso mundo todo desaba. A pessoa nos confessa, que não nos ama mais. Que não é isso que quer. Que não corresponde plenamente aos nossos tão intensos sentimentos. Não podemos crer que isso realmente esteja acontecendo. Parece um sonho ruim.
Como que não percebemos antes? Por que fomos tão longe, sem fazer uma avaliação mais racional?
A primeira reação é de profundo desespero. O chão some sob nossos pés, o corpo começa a tremer e o coração quase pára de bater. O ar some de nossos pulmões e achamos que vamos morrer de tanta dor. Tudo perde o sentido. A vida se torna cinzenta, e nada, absolutamente nada, pode aliviar esta sensação de quase morte.
E agora? O que fazer com o grande baú de sonhos que sonhamos juntos? O que fazer com os tantos planos e metas que elaboramos, para uma vida a dois? Momentaneamente, tudo parece acabar. Mas, logo percebemos que nada podemos fazer. Ligamos, implorando para que reconsidere. Mas a pessoa é taxativa e não tem volta.
Esta constatação nos atinge com o poder de uma lâmina, dentro do coração, e arranca todo e qualquer vestígio de esperança. E, como sonâmbulos, passamos a vagar pelos dias e noites que se seguem. Chorando copiosamente, sem sentir fome, sem ter noção das horas.
Os dias passam, e então, os sentimentos confusos, que vão desde a mágoa profunda, até a raiva mais intensa, derramam também a culpa dentro da gente.
Passamos a achar que o erro está em nós. Que poderíamos ter feito mais. Que não somos bons o suficiente, ou ainda, que não merecemos ser amados.
Esta é a coisa mais injusta que fazemos com nós mesmos. Mas, faz parte do processo. E PASSA! ACREDITE NISSO!
Ruben Zevallos Jr.
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